Nanorrobôs como médicos engolíveis para curar de dentro

Nanorrobôs fazem parte das tecnologias disruptivas que podem mudar nossa forma de viver e inclusive podem estender nossas vidas ao cuidar da nossa saúde.

O artigo da Superinteressante apresenta os estudos mais recentes da área médica na exploração da nanotecnologia para melhorar o diagnóstico e o tratamento de pacientes.

Com enorme potencial de tratar doenças complexas e, até hoje, sem tratamentos eficientes ou muito destrutivos, a pesquisa pode transformar a forma como a medicina é aplicada.

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A partir dos estudos da pesquisadora Niveen Khashab, inspirada pelo seu orientador, Sir Fraser Stoddard – criador de nanomáquinas moleculares, é possível ver todo potencial de evoluir nossa relação com o tratamento de doenças que está prestes a acontecer.

Um ótimo artigo para compreender os avanços da nanotecnologia para o mundo da ciência e saúde.

Citações selecionadas sobre nanorrobôs

[Nanomáquinas:] 100 vezes menores que uma partícula de poeira transformam medicamentos em sistemas inteligentes – que consertam seu corpo por dentro” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 50).

[Nos estudos vemos os] Nanomateriais [1.000 vezes menor que a espessura de um fio de cabelo e 15.000.000 vezes menor que uma pulga] híbridos [feito de organosílica – material poroso e resistente capaz de responder a estímulos do ambiente e é biodegradável] de entrega inteligente” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 51).

Para facilitar diagnósticos, os robôs entregam corantes que revelam a área exata de tumores. No futuro, poderão fazer biópsias: hoje, eles já capturam e transportam pedacinhos de células humanas” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 51).

É que a entrega de medicamento é mais importante do que parece. Pense na quimioterapia, por exemplo. Ela é eficaz, mais ineficiente: mata células doentes, só que destrói as boas também” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 50).

Em vez de ter de tomar os antibióticos na hora certa, bastaria engolir um nanorrobô cheio de antibiótico, e ele vai despejando a substância nos intervalos exatos” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 50).

É que, mesmo cegos, os nanorrobôs percebem a mudança de ambiente. Eles podem ser acionados por mudanças de pH, por exemplo. Seu estômago é ácido. O intestino delgado é alcalino. O pesquisador, então, pode preparar uma “tampa” para o nanorrobô que permanece fechada no agressivo ambiente estomacal, mas que se desfaz assim que ele chega no intestino. Remédios convencionais, diga-se, já fazem esse truque. A diferença é que as tampas das nanomáquinas podem responder a mais diferenças no ambiente dentro do organismo. Mudanças mínimas de temperatura, por exemplo, já servem para abri-las – o que é bem útil para o câncer, já que as células de um tumor são levemente mais quentes que as saudáveis” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 50).

O próximo passo é tornar o processo reversível: portas que abrem com a luz e voltem a se fechar quando ela desliga” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 50).

Para evitar isso [obstruir o organismo por não serem eliminados do corpo], os cientistas têm desenvolvido nanorrobôs biodegradáveis. O segredo, aí, é construí-los à imagem e semelhança das moléculas mais nobres do universo conhecido: as de DNA” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 52).

[…] as nanopartículas também podem ser projetadas com uma espécie de “faquinha” – capaz de atuar no cérebro contra o Alzheimer” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 53).

A equipe de Khashab, então, usa essas moléculas para criar nanomáquinas anti-Alzheimer. Elas transportam corante fluorescente e têm um pequeno núcleo feito de ouro. A “tinta” serve para iluminar os montinhos de beta amiloides nos exames. O ouro é a própria faquinha – só que bem mais tecnológica” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 53).

O núcleo de ouro responde, absorvendo as ondas de luz. Isso aumenta a temperatura local. E o calor destrói as proteínas que causam Alzheimer” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 53).

Cirurgia, medicação, diagnóstico. Enfim: é difícil prever quais dessas aplicações terão o melhor potencial em testes com humanos” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 53).

Hoje, esse espaço [da ciência nanorrobótica] já conta com a elite da ciência, e promete para a medicina um futuro grandioso, ainda que cada vez mais diminuto” (SUPER INTERESSANTE, 2017, p. 53).

Referências

SUPER INTERESSANTE. São Paulo: Abril, Edição 374, Maio de 2017.

Tecnologias disruptivas. Disponível em: <https://faberhaus.com.br/tecnologias-disruptivas/>. Acesso no dia da postagem.

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