O World Usability Day 2010 teve como tema “Design, produtos e serviços que melhoram e facilitam a comunicação“ e aconteceu no dia 11/11.
O evento aconteceu na Universidade Mogi das Cruzes e contou com palestras tiveram a entrada gratuita e para cada workshop foi cobrada uma taxa simbólica de R$ 30,00.
Confira a programação completa do evento:
14h00 – Credenciamento workshop
14h30 às 17h30 – Workshops
Moderação de testes de usabilidade – Andressa Vieira e Elisa Volpato
Objetos interativos – Gabriela Carneiro
17h00 – Credenciamento palestras
18h00 – Abertura
18h10 – Palestra (Mercedes Sanchez, Diego Degaki e Fernando Oliveira)
19h10 – Painel – Usabilidade e Linguagem (Fabiana Curi Yasbek, Jean Boechat, Juliana Gaiba e Patricia de Cia)
20h30 – Coffee-break
21h00 – Palestra (John Webb – Google NY)
22h30 – Encerramento / bar 🙂
Veja os vídeos do World Usability Day 2010
Resumo do evento
O World Usability Day São Paulo 2010 aconteceu na Universidade Mogi das Cruzes (UMC), campus Villa Lobos. O evento começou às 14h30 com workshops, dos quais participaram 51 pessoas, e das 18h às 22h30 aconteceram palestras e um painel. Foram oito palestrantes e 228 pessoas na platéia.
Também aconteceu uma palestra internacional com John Webb do Google, que teve tradução simultânea e as palestras contaram com tradutores de Libras. Segue um resumo do que aconteceu.
Workshop Objetos Interativos
O objetivo deste workshop, mistrado por Gabriela Carneiro, foi desmistificar as ‘caixas pretas’ dos objetos interativos. Isto foi feito a partir de uma breve conceituação e caracterização destes objetos, na qual o conceito de interfaces tangíveis foi explorado. Para ilustrar, foram mostrados exemplos da aplicação da computação digital em objetos cotidianos.
Em um segundo momento, a idéia de interface como mediadora entre o mundo físico e digital foi abordada e foram apresentados os ingredientes básicos que a compõe (sensores, controladores e atuadores). Para melhor ilustrar, foi demonstrado o procedimento de programação de um microcontrolador Arduino, fazendo com que este controlasse um LED a partir de um sensor de luminosidade.
No final, os participantes foram divididos em grupos (4 a 6) e receberam caixas a partir das quais deveriam conceber um objeto interativo. O tema foi livre e para fomentar a criação foram utilizadas cartas representativas dos sensores e atuadores, assim como outras que continham palavras chaves para pensar a interação. Esta atividade culminou na apresentação das propostas desenvolvidas pelos grupos.
Workshop Moderação de testes de usabilidade
Andressa Vieira e Elisa Volpato mostraram na prática como é moderar um teste de usabilidade. Alguns voluntários foram colocados no papel de moderador com um testador fictício (e bem difícil) pra exemplificar situações do dia-a-dia de testes, como o testador muito inseguro, que fica perguntando e pedindo confirmação de tudo, aquele que não consegue focar na tarefa e fica contando histórias da sua vida e quando há enunciados de tarefa em que não podemos falar o nome do link para não influenciar na execução da tarefa.
No final as meninas listaram alguns exemplos de situações difíceis de teste com sugestões do que fazer. O público era bem variado – de gente que está começando na área a professores de design. Por ser um curso prático, as vagas eram bem limitadas. Mas já pensamos em repetir a experiência, a pedidos de quem não pôde ir.
Palestra Mercedes Sanchez Usabilidade – O uso do Twitter pelas empresas no mundo
A equipe da Mercedes Sanchez (Mercedes, Diogo Degaki e Fernando Oliveira) fez um levantamento interessante sobre o uso do Twitter por grandes empresas de várias partes do mundo. Avaliaram a forma como se comunicam e respondem perguntas de clientes pelo twitter e testaram o tempo de resposta de cada uma delas. Até deu pra dar uma idéia do que a gente, como UXPA SP, deve usar o nosso twitter.
Painel Usabilidade e Linguagem
Aproveitando o tema do WUD, foi feito um painel para falar de como usabilidade e linguagem estão sincronizados – ou não. A inspiração veio de um livro do francês Christian Morel, “L’Enfer de l’Information Ordinaire”, ainda sem tradução para o inglês ou português (alguém aí se habilita?), mas por enquanto dá pra ler a resenha do Marcelo Coelho.
Participaram do painel Fabiana Yasbek, da Lumens Consultoria, Jean Boechat, diretor de criação da Age/Isobar, Juliana Gaiba, da Predicta e Patricia de Cia, da Abril. Eles falaram de como às vezes a comunicação criada pelo cliente ou pelo marketing acaba complicando a vida do usuário, e de como podemos melhorar isso adequando a linguagem a cada público. Como esperado, surgiram vários exemplos do que fazer e do que não fazer – como o caso da URA (sistema de atendimento telefônico automatizado) que “conversa” com cliente em vez de pedir que ele digite números, citado pela Fabiana.
Palestra John Webb (Google) -Rich Reporting
O evento contou com uma atração internacional com tradução simultânea. John Webb trabalha no Google em Nova York e veio para falar de como reportar resultados de testes de usabilidade fugindo de longos relatórios (que, a gente sabe: ninguém lê).
Com uma apresentação divertida, Webb mostrou um case de um trabalho no Google em que eles resolveram apresentar os resultados de uma pesquisa de campo de uma forma mais interessante, atraente e até memorável: fecharam uma sala de reunião e criaram uma exposição com as descobertas do estudo. Usaram vídeos, fotos, pôsteres e tabelas. Tudo de forma não-linear, para ser explorado de acordo com o interesse de cada pessoa que passasse por ali. Como resultado, obtiveram muito mais interesse de pessoas envolvidas (ou não) no assunto do estudo, e as pessoas absorveram muito melhor os resultados – citavam o estudo muito tempo depois.
Depois das palestras, a UXPA SP fez um sorteio de livros e também de mochilas do PagSeguro.
E quem se animou foi ao bar ali pertinho da UMC, o Terral. Inclusive o John Webb, que aproveitou para experimentar coxinha e bolinho de aipim.
Referências
UXPA SP. Disponível em: <http://www.uxpasp.com>. Acesso na mesma data da postagem.