Os seculares – Conto

Os Seculares é um conto de ficção científica escrito por Paulo Sérgio Moraes para nosso projeto de escrita.

O conto explora o contexto de um um futuro distópico, onde nossa liberdade e sexualidade são silenciadas em prol de uma sociedade quase imortal e perfeita.

Os seculares – Parte 1

A vida é uma dádiva maravilhosa!

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Foi assim que um cientista terminou seu eloquente discurso, séculos atrás, após anunciar que havia encontrado, finalmente, um recurso eficiente capaz de prolongar a existência dos homens. Naquela época, a perspectiva de vida estava beirando os míseros 35 anos, fosse por doenças incuráveis, violência urbana ou níveis alarmantes de poluição.

Os olhares e ouvidos atentos da sociedade, que recebia a notícia do cientista, expressavam um misto de incredulidade e desejo de que a promessa do cientista se cumprisse.

Do pronunciamento à constatação não levou muito tempo, e o governo logo popularizou o tratamento. O processo foi ganhando forma aos poucos. Entretanto, aquilo que a princípio era direito de todos logo se tornou um dever.

Não era mais uma questão de escolha viver mais, nem ao menos passível de reversão aos que se arrependessem. Estava posto. Só restava encontrar formas de viver fazendo o melhor uso possível deste tempo. Até então, ninguém fazia muitos planos a longo prazo, mas isso passou a ser uma necessidade para que a vida fizesse sentido. Afinal, o que seria do tempo sem o devido aproveitamento dele?

Desde o seu nascimento, a criança é preparada para que, ao completar 30 anos, tenha o envelhecimento das células interrompido para iniciar o seu tratamento de preservação. Uma vez realizado o procedimento, o homem garante o ciclo de exatos 100 anos de vida. Porém, os cientistas que sucederam as experiências quiseram mais. Não bastava a chance de uma vida secular. Era preciso, sobretudo, erradicar as chances do corpo se tornar susceptível aos efeitos do tempo.

Com o avanço dos estudos, vários testes frustrados e constante processo evolutivo da experiência, o homem atingiu seu poder máximo sobre a vida: células regeneráveis. Uma nova geração se estabelecia mais forte do que nunca. A morte havia perdido sua primeira grande batalha para os que ficaram conhecidos como “Os seculares”. Doenças foram dizimadas e o corpo passou a se reestruturar, mesmo quando submetido às piores fatalidades.

Somente ao completarem 100 anos é que os seculares sofrem os reais efeitos de tudo o que o corpo foi capaz de suportar até então. No ano posterior ao século de vida que se completou, considerado como “o ano final”, o homem deve lidar finalmente com os efeitos das causas passadas até sucumbir de vez, considerando o momento como um mal necessário ou até mesmo um pagamento justo. Ocorre que, no ano final, a boa e saudável aparência desaparece em instantes. Algo nada bonito de se ver no começo, mas que aos poucos todos aprenderam a lidar.

Ocorre assim sem mais. Uma mulher bonita cai na calçada com o corpo escamado por cinzas devido a um incêndio ao qual ela sobreviveu há 15 anos atrás.

Um homem atleta ganha sobrepeso em segundos e seu corpo é consumido por feridas abertas em virtude de uma diabete que acaba de se manifestar, fazendo com que partes do seu corpo caiam na mesa de um jantar de negócios.

Quando a morte, enfim, chega para os seculares é recebida com aplausos respeitosos, porque sabe-se que aqueles, que agora sucumbem, viveram tudo o que havia para ser vivido conforme determinado.

Neste novo modelo de vida e, diante da força do pensamento ideológico de que viver é mesmo uma dádiva maravilhosa, novas diretrizes substituíram antigas leis que já não faziam mais tanto sentido. Isso determinou que aquele que não deseja prolongar a própria vida e não se compromete em gerar outras vidas colaborando com o processo evolutivo, está cometendo o pior dos crimes, passível de pena máxima: o crime de insulto à vida.

A pena para este ato é o exílio. Em ilhas de reclusão, estes devem não só fazerem o tratamento de prolongamento da vida, como servirem de cobaias para as novas experiências que visam levar o homem ao seu segundo século.

Os exilados colaboram forçosamente com a ciência como uma forma de serem perdoados por não terem valorizado o tempo secular que lhes foi concedido. Os mais relutantes são liberados em áreas de caça esportiva. Lá, adeptos deste esporte podem mata-los sem culpa, uma vez que todos estarão de volta no dia seguinte para fugirem novamente dos caçadores.

O efeito esperado pelo exílio logo é notado, pois poucos seculares são capazes de abdicar de sua vida cômoda e trocá-la por essa experiência. Há quem diga que os cientistas já preservam na ilha homens com mais de 150 anos. Mas, são rumores. Afinal, ninguém nunca voltou do exílio para contar.

Viver, ser grato por isso e gerar filhos. Não parece haver nessas obrigações nada muito complicado para obedecer. E é nisso que a sociedade se resvale para que, aos olhos de todos, tudo esteja perfeitamente bem.

Ocorre que o mundo está cheio demais, nada muito difícil de supor. Exceto este fato, tudo mais vai relativamente bem. Bastam filas organizadas e que mantenham, sob rigoroso controle, a velocidade que o homem deve caminhar por locais públicos.

Todos andam no mesmo ritmo e cumprem rigorosas agendas. Não há atraso, não há desordem. Afinal de contas, o que adiantaria viver ao máximo uma vida se ela fosse apenas uma sequência de eventos caóticos? Não… A vida é – tem que ser – uma dádiva maravilhosa, e é preciso tirar o máximo dela.

Sem objeções.

Os seculares – Parte 2

Amanhã, será o dia anual da liberdade e os dias que o antecedem são marcados de grande tensão.

São 18h46 de sexta-feira, após um dia perfeitamente programado, de uma semana habilidosamente programada. Na casa do sr. e sra. Adolfo, todos estão com a xícara na mão esperando o relógio marcar 18 horas, 47 minutos e 18 segundos para ingerirem o chá da fertilidade.

Trata-se de um ritual social comum entre as famílias. Um momento feliz e muito aguardado entre os núcleos familiares que, juntos, celebram o compromisso de todos de perpetuar a espécie.

Sra. Adolfo está grávida de seu sexto filho e procura sorrir à mesa de porcelana da copa, disfarçando o cansaço.

Ela está com 29 anos e se orgulha de ser, entre as irmãs, a que mais celebrou a alegria de ser mãe. Os cinco filhos do casal, 2 meninos e 3 meninas, estão à mesa devidamente comportados e atentos ao tempo.

O mais velho acaba de fazer 9 anos e usa um terno justo que revela os primeiros resultados da academia. Ele já tem consciência de que será desejado por todas as meninas e de que o casamento será uma simples questão de escolha por aquela que aparentar ser mais fértil e bonita.

As meninas, em seus vestidos longos e maquiagem extravagante, sempre com o espelho na mão preocupadas com a perfeição do rosto, cruzam as pernas e seguram a xícara com delicadeza.

Elas repetem todos os gestos da mãe e olham para aquela barriga carregando um irmão de 17 semanas. Elas não têm coragem de dizer aos pais, mas conversam entre si sobre a preocupação de que o próximo parto deixe marcas no abdome tão perfeito da mãe. Mas, essa tensão logo passa. Todos só querem chegar aos 30 refletindo perfeição. Depois do tratamento, não haverá mais com o que se preocuparem.

O Sr. Adolfo está quieto e observa a família perfeita diante dele. Está um pouco incomodado com os olhares de reprovação da esposa. Embora ela não possa dizer, devido ao respeito jurado em matrimônio, ele sabe que ela não aprova sua aparência.

Na segunda, é aniversário do sr. Adolfo e ele já recebeu a confirmação do horário em que chegará no Hospital Terceiro Dia. O sr. Adolfo não está tão forte como deveria, nem tão saudável. As olheiras em seu rosto não são mais escondidas pelas grossas camadas de pó que passa todos os dias. Está nítido que sua mulher amarga a consciência de que terá que conviver com este homem magricela pelos próximos 70 anos. Se ainda o divórcio fosse permitido, ele estaria disposto a deixa-la tentar a felicidade com outro homem mais bonito.

Após o chá, sr. Adolfo leva os filhos para o quarto. Seguindo a rotina bem demarcada, antes de deixar cada um deles e dar ordem para que a luz se apague, ele beija a testa das meninas e acena para os meninos – já que homens precisam se acostumar desde cedo a evitarem contatos prolongados entre eles. Nenhum pai quer ser responsável por incentivar os filhos a despertarem sentimentos confusos que fujam ao propósito máximo dos seculares. Ver um filho ser exilado por não querer constituir uma família é, mais que uma dor, falhar miseravelmente como espécie evolutiva.

Sr. Adolfo está prestes a dar o comando para que a luz se apague no quarto do seu menino mais novo, mas é interrompido por uma pergunta que ele não esperava.

Meu pai, o que é o dia da liberdade?

Em outras noites, este pai teria fugido do assunto. Lembraria ao menino uma das regras que todos aprendem na escola: não questione. Porém, nesta noite, Sr. Adolfo não quer ser esse tipo de pai. O dia de amanhã é importante demais para fingir que não existe.

Filho, não importa o que te digam, amanhã é um dia que eu gostaria que se orgulhasse dele. – diz o Sr. Adolfo sentando no sofá ao lado da cama.

Ele sabe bem como tudo isso começou. De certa forma, sr. Adolfo fez parte dessa história e nunca pôde contar a ninguém.

Com o corpo magro e encurvado no sofá flutuante, suas lembranças o levam para uma realidade totalmente diferente. Ele conta para o filho de um Adolfo que não temia, questionava e acreditava em dias realmente melhores.

Adolfo tinha apenas 13 anos. Com outros quatro amigos, Anah, Marlina, Brás e Virgílio, tinham mais em comum do que supunha a desobediência da pouca idade. Enquanto as outras crianças se preparavam para se tornarem pais obedientes e perfeitos, eles se permitiam planejar resistência.

Virgílio gostava de meninos, Brás não queria gostar de ninguém, Anah não pretendia ter que escolher de quem gostar, Marlina não queria ser mãe, embora todos esperassem que ela e Adolfo pudessem se casar um dia.

Para Adolfo, tudo bem, já que ele gostava do jeito de Marlina e os dois não se desgrudavam. O que Adolfo mais gostava em Marlina é que ela não julgava quando ele chorava. Adolfo era emotivo e sua amiga achava um absurdo que quisessem inibir a emoção de um homem, por qualquer motivo que fosse. Era bom ser ele mesmo do lado dela.

Se tivesse que viver cem anos, que fosse com Marlina. Entretanto, eles não queriam viver cem anos; era tempo demais. E o medo de viver aquela imposição os angustiava muito além do suportável.

Eu não aguento mais. – disse Virgílio, aos prantos para os amigos, certa vez. – Eles precisam saber. Meus pais me amam. Não amam?

Você quer ser mandado pro exílio, é? – indagou Adolfo, segurando os braços de Virgílio.

E se nos casássemos? – Anah parecia bolar alguma ideia que a deixava em estado de euforia.

Viver parindo feito uma cadela pra agradar meus pais? Sem chances. – Marlina não via o plano com a mesma empolgação.

E se não fizéssemos o procedimento pra viver cem anos? – Anah seguia com o propósito de ter ideias. Não importava a eficácia. O intuito era que não deixassem de pensar em possibilidades. Para ela, não ter esperança era o mesmo que estar morta.

Logo perceberiam e iríamos para as ilhas no dia seguinte. – Adolfo já estava contaminado pela falta de fé e precisava usar isso para fazer com que todo adotassem uma postura mais racional. – Pensamos nisso há dias e não chegamos a lugar nenhum.

E se não chegássemos aos 30? – o olhar de Virgílio estava fixo em lugar algum. O pensamento que lhe ocorrera era absurdo até mesmo para ele.

Morrer? Tá louco? – Adolfo questionou preocupado.

Não é morte. É liberdade. É fugir disso aqui. Eu não quero mais, Dolfo.

Se fosse pra morrer, que fosse grande. – vislumbrou Marlina. – Que todos soubessem e pensassem no que fizeram de nós.

Vocês estão pirando. Essa brincadeira não tem graça. – contestou Adolfo, preocupado.

Eu não sei se teria coragem… – Anah ficou cabisbaixa. Por mais que a ideia lhe assustasse, ela começava a considerar como uma possibilidade.

Podemos ser livres. Nós ainda podemos! – Virgílio parecia em transe ao pronunciar essas palavras. Por mais que Adolfo tentasse não levar a sério, tudo em Virgílio refletia vontade e desespero.

Sim. Podemos… Ele tem razão, gente. – Marlina estava convencida.

Eu não quero mas ouvir esse papo, gente. Sério. Já deu pra mim. – Adolfo, estremecido, levantou-se fazendo menção de ir embora.

Eu não quero ser um covarde!!! – gritou Virgílio. – Eu não quero viver cem anos se eu não puder ser quem eu sou. Eu não quero fingir que sou feliz. Eu que devo saber o que me faz feliz.

Acho melhor a gente parar esse papo, pessoal. Eu vou pra casa. Estou atrasado 47 segundos. – Adolfo falou e se retirou em seguida.

Adolfo ajustou o cronômetro e apressou o passo para sincronizar os seus aos das pessoas nas calçadas. Temia não chegar em tempo para o almoço. Passou o resto daquele dia sem conseguir se concentrar nos estudos, porque as palavras do Virgílio ziguezagueavam em sua mente de forma perturbadora.

Acordei no dia seguinte desejando que este dia nunca tivesse acontecido. – comenta sr. Adolfo com pesar ao seu filho. – A casa da Marlina era de frente para a minha. Da minha janela, eu sempre a avistava sair envergonhada em seu patinete motorizado cor de rosa. Ela o detestava. Era barulhento, mas eu já havia me acostumado com aquele som de motor todas as manhãs. Porém, naquele dia, não foi o motor do patinete rosa que eu ouvi. Era o grito dos seus pais. Esfreguei os olhos e me aproximei da janela. Marlina estava à porta de sua casa, mas não era ela de verdade. O seu corpo frágil, num vestido que a deixava parecida com uma princesa de contos-de-fada, estava suspenso por uma corda que enlaçava seu pescoço. Em seu corpo, uma placa estava grudada, mas eu não conseguia ver o que estava escrito. Não tive tempo de lamentar seu ato. Pensei em Anah e Virgílio. Sem me preocupar com punição por abandonar o café da manhã, achei minha velha bicicleta na garagem. Ao menos ela não era rastreável. Pedalei com força e tentando não perder o ar. Seguia quarteirões acima e nem precisei me aproximar da casa da Anah. De longe, pude avistar a mesma cena. Quis chegar perto, gritar me unindo ao coro dos seus pais, mas eu não podia. Quem sabe se eu pedalasse ainda mais rápido, não chegaria em tempo de impedir que Virgílio fizesse o mesmo.

Você não conseguiu, meu pai?

Não… Fui o primeiro a ver. Não havia gritos, ninguém pra sentir sua partida. Somente eu. Deixei a bicicleta cair na rua e me aproximei dele nem sei como, porque não sentia os meus pés. Eu mal podia vê-lo com nitidez. Demorei a entender aquela imagem se balançando na direção do vento. Chorei sem medo que pudessem ver um menino chorar. Chorei, porque ser julgado não importava. Eu estava sozinho. Meus amigos haviam me deixado e eu era covarde demais para fazer o mesmo.

E o que estava escrito na placa deles?

“Livre”. – Sr. Adolfo não consegue mais conter a lágrima que estava há algum tempo teimando em escorrer dos olhos. – Mas a do Virgílio era diferente.

O que foi que ele escreveu?

Ele disse que me amava…

Após um momento de silêncio, a criança encontra as palavras que expressam com exatidão tudo o que estava assimilando. Sua voz doce interrompe o vazio da noite.

Que ingrato!

O que disse, meu filho?

Ingrato, meu pai. Desperdiçar a vida é um insulto. Mas, ainda bem que ele morreu. Porque ele disse que amava você.

Está tarde. – Sr. Adolfo quer dar fim ao papo. Seu filho, que deveria deixa-lo orgulhoso por reproduzir o que todos os seculares acreditam, está abrindo uma ferida que nem mesmo o tratamento de células poderia regenerar. – Durma, está bem?

O pai franzino deixa o quarto do filho mais novo e dá ordem para que as luzes apaguem.

Passando pela sala, percebe que não acionou as placas das janelas. No dia da liberdade, elas impedem que os seculares presenciem a tradição. Afinal, este é o dia que outras pessoas como Virgílio repetem o mesmo ato.

As pessoas, por medo, desespero ou ato de contravenção, fogem do tratamento do governo e dão fim à própria vida. É sempre a mesma coisa. Seus corpos são encontrados suspensos pela corda e uma placa presa à roupa revela seus motivos. Porém, não importam os motivos. Para todos, trata-se de um ato de liberdade.

Na manhã do dia seguinte, as crianças são acordadas por um grito familiar. Aflitas, pulam da cama e saem enfileiradas pelos corredores. Estão 2 minutos adiantadas quanto ao horário recorrente de acordar.

Pé ante pé, passam pelo quarto dos pais, cuja porta está escancarada. Porém, eles não estão lá. Meninos e meninas já esperam pelo pior e descem a escadaria de mármore para chegarem ao salão principal.

A porta da sala está aberta e há alguma movimentação ainda não muito clara. O mais novo dos cinco congela, porque tem uma leve desconfiança do que pode ser. Ele é o único que não avança. Ao ganharem a porta da rua, a cena causa temor.

Sr. Adolfo está suspenso no ar com uma corda pressionando seu pescoço. A sua mulher está em pé ao seu lado observando sem deixar claro o que está pensando ou sentindo. Ela nem escuta as crianças gritarem.

Quando o mais novo, por fim, encontra a coragem necessária para se juntar aos irmãos incrédulos e apavorados, ele olha para o pai com certa relutância. Porém, não há tempo para condolências. O pai, até então imóvel, começa a se debater numa convulsão desesperadora.

Não pode ser… Não pode ser! – a voz do sr. Adolfo queima em sua garganta e sai espremida.

A sra. Adolfo revela uma tesoura em suas mãos e, com rapidez, corta a corda deixando que o corpo do marido caia aos pés dos filhos.

Mãe, o que o pai está fazendo? – indaga uma das meninas.

Ele está testando o procedimento, meus amores. Funcionou. Vejam! Feliz aniversário, meu amor.

Sr. Adolfo, fragilizado e recuperando o ar, sente a dor em seu pescoço desaparecer aos poucos. Ele não sabia, mas a esposa resolveu lhe fazer uma surpresa de aniversário.

O chá da noite passada não era apenas um ritual de celebração à fertilidade. Na xícara do marido, havia um poderoso calmante. Isso foi providenciado para que, enquanto o sr. Adolfo dormisse de maneira profunda, sua esposa abrisse a porta para que o irmão, médico especialista em longevidade, realizasse o procedimento que faria do cunhado um secular.

A sra. Adolfo pede ajuda das crianças para que levem o pai para dento de casa. Ela não quer que seus vizinhos presenciem o estranho acontecimento.

O último a entrar é o filho caçula que observa a folha de papel caída no chão. Ao recolher a placa que o pai havia improvisado, pode ler a confissão que as letras tremidas revelam:

Eu sempre te amei, Virgílio”.

Referências

Paulo Sérgio Moraes. Entrevista. Disponível em: <https://faberhausplay.com.br/paulo-sergio-moraes/>. Acesso no dia da postagem.

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