O Design do Futuro de Donald A. Norman aborda a relação das pessoas com a tecnologia em diversos contextos e seus desdobramentos.
Desde casas inteligentes capazes de antecipar nossos desejos, carros que se orientam sozinhos até geladeiras que monitoram nossas dietas; situações cada vez mais factíveis e cotidianas.
Para o autor a chave para o uso e proliferação dessas tecnologias está em priorizar o fator humano durante o projeto visando facilitar o cotidiano das pessoas ao invés de torna-las prisioneiras das nossas criações, conforme uma das suas citações:
“As coisas mais espertas são aquelas que complementam a inteligência humana, em vez de tentar superá-la.”
Citações selecionadas de Design do Futuro
“A falta de terreno comum é a principal causa de nossa incapacidade de nos comunicarmos com as máquinas. Pessoas e máquinas têm tão pouco em comum que lhes falta qualquer noção de terreno em comum” (NORMAN, 2007, p. 50)
“O mais importante para o meu propósito, entretanto, é que os sinais naturais informem sem perturbar, proporcionando uma conscientização contínua natural, não intrusiva, não irritante, do que acontece a nossa volta” (NORMAN, 2007, p. 56)
“[…] com freqüência, não temos consciência do quanto dependemos do som para a nossa noção espacial e para o nosso conhecimento do que acontece no mundo” (NORMAN, 2007, p.56)
“Os sons são muito mais do que “conforto”. Eles são comunicação implícita, confirmando que o circuito ainda está ativo, informando a quem ligou que o sistema ainda está no processo de fazer a conexão. E, sim, essa confirmação implícita é tranqüilizadora, confortante” (NORMAN, 2007, p. 60)
“Como o som pode ser tanto informativo quanto incômodo, surge o difícil problema de design de compreender como aumentar o seu valor minimizando ao mesmo tempo o seu incômodo” (NORMAN, 2007, p. 61)
“Note que até o incômodo tem suas virtudes: sinais de emergência, tais como os das ambulâncias, carros de bombeiro e alarmes de incêndio, fumaça ou outros desastres em potencial, são intencionalmente altos e incômodos para chamar mais atenção” (NORMAN, 2007, p. 61)
“O termo affordance foi inventado pelo grande psicólogo perceptivo J. J. Gibson para explicar nossas percepções do mundo. Gibson definiu affordance como a gama de atividades que um animal ou pessoa pode desempenhar com um objeto no mundo” (NORMAN, 2007, p. 63)
“Observe a frase “você sabe intuitivamente aonde ir” da citação: esse é o poder de affordance perceptíveis, visuais. Elas guiam o comportamento e, na melhor das hipóteses, fazem isso sem a pessoa perceber que está sendo guiada – simplesmente parece natural” (NORMAN, 2007, p. 64)
“[…] é muito melhor que a máquina se comporte de forma previsível e deixe a pessoa reagir adequadamente” (NORMAN, 2007, p. 71)
“As coisas mais espertas são aquelas que complementam a inteligência humana, em vez de tentar superá-la” (NORMAN, 2007, p. 78)
“[Precisamos de automatização para] eliminar o que é monótono, o que é perigoso e o que é sujo [e] para simplificar uma tarefa complexa, reduzir a força de trabalho, entreter – ou simplesmente por que pode ser feito” (NORMAN, 2007, p. 105)
“É essa incapacidade de ler mentes, ou, como os cientistas preferem dizer, inferir as intenções de uma pessoa, que derrota estes sistemas” (NORMAN, 2007, p. 108)
Referências
NORMAN, Donald A. O Design do Futuro. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.