Técnicas para finanças pessoais saudáveis

Conhecer finanças pessoais é fundamental, tanto para designers autônomos, quanto para líderes de design no gerenciamento de suas equipes.

Isso fica ainda mais evidente ao vermos que segundo o SPC Brasil, por exemplo, 41% da população adulta brasileira terminou 2018 com alguma conta atrasada e com o CPF negativado.

Quando se trata de mercado financeiro, o DataFolha mostrou que 41% declara não conhecer nenhum tipo de investimento e 46% declara não ter nenhum tipo de investimento.

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Isso tem impacto direto tanto na nossa produtividade quanto na nossa saúde de forma geral, afinal quem nunca passou por aqueles dias de dor-de-cabeça em que sua mente só consegue focar na conta que venceu ou naquele objetivo que se perdeu por não termos recursos?

Ao aprendermos mais sobre finanças pessoais conseguimos não só nos preparar melhor para o futuro como também vemos que é possível equilibrar nossas despesas e ainda ter algum dinheirinho para fazer coisas que nos dão felicidade.

Isso aumenta nossa produtividade e ainda nos deixa mais tranquilos para sermos criativos, fazer negociações e viver a vida de forma mais equilibrada.

Para quem é autônomo, o primeiro passo é separar bem as contas da empresa e da sua vida pessoal. Depois disso é olhar para o lado pessoal e entender bem o que se precisa e o que se espera da vida.

Profissionais contratados muitas vezes passam pelos mesmos problemas, então o conhecimento sobre finanças pessoais também é importante para uma vida mais equilibrada mesmo para quem conta com um salário fixo.

Muitas vezes a produtividade desse profissional afeta até os resultados e o líder pode contribuir para melhorar a vida e os resultados do time simplesmente mostrando alguns caminhos possíveis.

Normalmente o melhor é mostrar isso para o time como um todo, com palestras e conteúdo geral, afinal não precisamos focar em ninguém especificamente, até para não gerar desconforto, já que esse é um assunto delicado.

As fases das finanças pessoais

Um passo interessante para começarmos a entender as finanças pessoais é entender as fases dela nas nossas vidas.

O gráfico ilustrativo a seguir nos mostra o que seria um caminho ideal dessas fases, claro que isso pode mudar de pessoa para pessoa, de momento econômico para momento econômico e depende muito das condições e da estratégia de cada um.

Também não é por não termos seguido esse caminho ilustrativo que tudo vai der errado. O importante é quanto antes começarmos a ter consciência financeira, mais fácil tende a ser nosso presente e nosso futuro próximo.

Infância (até os 20 anos) – Educação financeira: Momento para aprenderemos mais sobre finanças pessoais, seja os produtos, o planejamento ou a formação da base que vai nos ajudar a tomar decisões.

Juventude (dos 20 aos 30 anos) – Acumular: Momento para juntarmos a grana necessária para fazer investimentos mais robustos. É momento de guardar uma boa parte do que ganhamos em algum investimento mais simples e ir acumulando.

Juventude (dos 30 aos 45 anos) – Rentabilizar: Momento de investir o que conseguimos acumular em investimentos mais robustos ou mais arriscados para fazer o dinheiro crescer.

Meia idade (dos 45 aos 60 anos) – Consolidar: Momento em que os investimentos tendem a começar a ficar mais conservadores.

Aposentadoria (a partir dos 60 anos) – Usufruir: Momento para fazer uso dos investimentos e rendimentos acumulados.

Mas, como já citado, esse é um exemplo de alto nível para ilustrar o conceito, não uma regra para todos.

Comece olhando para as despesas atuais

Para começar o ideal é olhar para as despesas atuais para ver o que pode ser espremido para começar um investimento que te ajude a aumentar seu dinheiro.

Isso pode ser feito em um caderno, no Excel ou mesmo usando aplicativos gratuitos que ajudam nesse sentido.

Qualquer valor economizado já ajuda. Atualmente o Tesouro Direto, por exemplo, aceita investimentos a partir de R$ 30,00.

Claro que depois de saber onde reduzir e quanto investir, é importante estudar bem por onde começar e nesse sentido existem várias fontes que ajudam.

Uma delas, por exemplo, é o Me Poupe da Nathalia Arcuri, mas também existem livros como os do Gustavo Cerbasi, os do Robert Kiyosaki e até consultorias especializadas como a GFai, entre outras, para te ajudar nisso.

Entenda como distribuir seus investimentos

Depois de compreender como imaginamos nossa trajetória financeira – e cada pessoa pode ter usa própria trilha –, o próximo passo seria dividirmos nosso orçamento em algumas caixinhas:

Colchão de segurança: a primeira caixinha para ser preenchida é o colchão de segurança, que é aproximadamente de 3 a 12 meses das suas despesas mensais.

Essa caixinha é importante para caso você fique desempregado ou sem trabalho e precise de um recurso para se manter.

O prazo de 3 a 12 meses vai depender do tempo que você imagina que precisaria para encontrar outro emprego ou serviços, ou ainda, seu nível de empregabilidade.

Projetos de vida: As próximas caixinhas são para aqueles sonhos e projetos de vida importantes para você. Aqui você pode criar uma caixinha para cada sonho ou período entre curto, médio e longo prazo.

Os investimentos escolhidos dependerão desses prazos, pois assim você sabe quanto tempo pode ficar com o valor indisponível, ou seja, trabalhando para trazer mais dinheiro com os juros e ganhos de cada investimento.

Aposentadoria: A última caixinha é dedicada à sua aposentadoria, são aqueles investimentos de longuíssimo prazo para usar quando você decidir parar de trabalhar e viver da renda complementando a sua aposentadoria social.

Proteção e defesa: Além dessas, principalmente para quem for autônomo, seria bom ter uma caixinha para proteção e defesa caso aconteça algo inesperado. Imagine, por exemplo, que você fique doente e precise parar de trabalhar um tempo, para não usar o dinheiro de um sonho ou gastar todo o colchão de segurança com tratamentos médicos, pode contar com esse recurso adicional.

Aqui se incluí principalmente serviços de seguro como os de saúde, de vida, de proteção patrimonial e etc.

As finanças pessoais para designers e líderes de design

Para quem for líder de equipe, existem alguns caminhos adicionais que podem ajudar.

Além de dicas simples que podem ser compartilhadas com a equipe, a empresa também pode contratar um especialista para palestras e até, dependendo dos recursos disponíveis, contratá-lo para ajudar os profissionais a elaborarem seu planejamento de finanças pessoais.

Muitas empresas têm esses programas de saúde financeira institucionalizados, eles são parecidos com os programas de saúde que costumam incluir dicas de alimentação, corridas, esportes, academias e exames períodos, porém focados na vida financeira dos profissionais.

Autônomos também podem contratar esses profissionais para ajudar. Para procurar empresas nesse sentido acesse o site da Planejar, órgão responsável por esse segmento no país. Nele é possível encontrar profissionais certificados para te apoiar nessa trajetória.

Referências

Prof. Ms. Wilson Marchionatti da PUCRS. Disponível em: <http://pucrs.br/>. Acesso no dia da postagem.

Leanderson Reais. GFAI. Disponível em: <https://gfai.com.br/>. Acesso no dia da postagem.

Planejar. Disponível em: <https://www.planejar.org.br/>. Acesso no dia da postagem.

DataFolha. Disponível em: <http://datafolha.folha.uol.com.br/>. Acesso no dia da postagem.

PricewaterhouseCoopers (PwC). Disponível em: <https://www.pwc.com/us/en/industries/private-company-services/library/financial-well-being-retirement-survey.html>. Acesso no dia da postagem.

Economia UOL SPC Brasil e CNDL. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/01/15/dividas-em-atraso-calote-spc-brasil-2018.htm>. Acesso no dia da postagem.

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