Design Sprint: O que é, quando usar e quando não usar

Design Sprint é um tipo de Sprint (metodologia ágil) focado em elaborar uma solução de design para um determinado desafio.

Esse Sprint tem um período pré-determinado (normalmente uma semana) durante o qual se aplicam diversas metodologias focadas em entender o usuário, o contexto de uso e o contexto interno da empresa para encontrar uma solução adequada de design.

Qual a diferença entre Design Sprint e design thinking?

Design Sprint é o nome dado para um processo específico que conta com: tempo determinado, etapas, metodologias e time pré-definido, além de sempre começar com um desafio bem recortado.

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Design Sprint Processo Sequencial e Criativo

Como exemplo, podemos usar o sprint de design de 5 etapas elaborado pela McKinsey.

Esse modelo de trabalho conta com 5 passos:

  1. Entender: Explore o contexto e as pessoas envolvidas no desafio.
  2. Idear: Crie o máximo de ideias e versões para solucionar o desafio.
  3. Alinhar: Converse sobre as ideias selecione as com maior potencial para prototipação.
  4. Prototipar: Gere protótipos das ideias para testar com usuários reais e colher feedbacks.
  5. Testar: Teste o protótipo com usuários reais e veja o quanto perto está da solução ideal para o desafio.

Já o design thinking está relacionado com a forma como designers pensam e resolvem seus desafios, ou seja, ele diz respeito ao modo como esses profissionais criam soluções.

Uma das representações mais úteis para compreender o design thinking é o modelo esquemático desenhado pelo Design Council em 2005 chamado de Duplo Diamante.

Duplo Diamante Design Thinking Processo de Trabalho de Design

Desse modo, o design thinking está relacionado a forma como abordamos nossos desafios e o Design Sprint é um passo a passo para usarmos essa forma de abordagem dentro de um tempo pré-estabelecido.

Regras para Design Sprints

Cada sessão de sprint de design, ou Design Sprint, pode ter suas próprias regras.

O importante é que as regras estejam claras, sejam apresentadas logo no começo da sessão, alinhadas e acordadas.

Para inserir ou alterar qualquer regra também é importante que todos fiquem conscientes e se comprometam com a inserção ou alteração.

Mas, de forma geral, todo Design Sprint terá pelo menos 4 regras fundamentais:

  1. Aceitar: Aceite você, o momento e a situação.
  2. Errar: Tente, erre e aprenda até acertar.
  3. Falar sim: Abrace as pessoas e as ideias, construindo com e a partir delas. É não ao não.
  4. Improvisar: Gere aprendizado profundo e crie remixes improváveis.

Existe mais de um formato?

Existem diversos formatos possíveis, inclusive com nomes diferentes, alguns mais direcionados para a concepção de conceitos, outros mais para o design visual.

Um dos mais conhecidos é o Google Design Sprint, usado pelo Google, contudo existem outros inúmeros formatos, cada um com seu próprio nome, passos e dicas de metodologias.

Um exemplo é o Concept Sprint criado pela McKinsey & Co.

Quais são as entregas?

As entregas podem variar bastante, normalmente elas são definidas antes do começo do Sprint para ajudar na escolha das metodologias a serem utilizadas.

Algumas dessas entregas podem ser, por exemplo:

  • Business model canvas
  • Conceito de design
  • Concept backlog
  • Fluxos
  • Layouts
  • Modelos de negócios
  • Protótipos testados com usuários finais
  • E outros

Além dessas entregas, o Design Sprint também pode ser usado para decidir se vale ou não seguir com uma ideia, refiná-la para lançamento ou piloto, e até para alinhar expectativas e conhecimentos em um time interdisciplinar.

Quando usar?

Essa sessões são uma excelente ferramenta para solucionar desafios de forma colaborativa, porém esses desafios devem ser bem recortados para que sua resolução caiba no tempo disponível.

De modo geral, ele é pode ser usado para:

  • Acelerar alguma ideia ou insight já conhecido minimamente
  • Criar ou refinar um conceito
  • Validar alguma hipótese

Quando não usar?

Esse tipo de Sprint tem dois objetivos básicos:

  1. Definir o que fazer para resolver uma necessidade ou dor do usuário
  2. Definir como entregar isso da maneira mais adequada para o usuário

Portanto, caso esses dois itens já estejam definidos, é desnecessário dessa ferramenta.

Pelo tempo curto, o Design Sprint também não é recomendável quando o assunto for totalmente desconhecido. Nesse caso é melhor levar mais tempo gerando o conhecimento necessário.

Logo, é bom evitar seu uso quando:

  • O escopo for muito fechado
  • O escopo for muito amplo
  • For necessário pesquisar profundamente um assunto desconhecido

Por fim, pra ajudar na decisão é possível usar um formulário que avalie o nível de conhecimento do time sobre o desafio e o produto, como no exemplo a seguir.

Quanto mais baixa for a nota geral, maior o indício que é necessário a realização de um design sprint.

Referências

McKinsey. Disponível em: <https://www.mckinsey.com/business-functions/digital-mckinsey/our-insights/how-concept-sprints-can-improve-customer-experience-innovation?cid=other-eml-alt-mip-mck-oth-1803&hlkid=496651db68e948dfae96d894bcfc122f&hctky=10209542&hdpid=111869fa-b2e4-4964-a865-c60b808d25cf>. Acesso no dia da postagem.

Design Council. Disponível em: <http://www.designcouncil.org.uk/>. Acesso no dia da postagem.

Márcio Ballas. CapaSIMtação. Disponível em: <http://marcioballas.com/>. Acesso no dia da postagem.

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