O design faz vender mais independente do tamanho ou do segmento da empresa porque desenha produtos satisfatórios com processos de produção mais eficientes.
Isso porque desde sua criação, em meio a revolução industrial, seu objetivo central sempre foi construir produtos melhores, que se tornassem a escolha número 1 dos consumidores.
Foi para isso que os profissionais da época estudaram a aplicação de diferentes conhecimentos que envolviam compreender como funcionava o processo de fabricação e o comportamento, a mente e até o corpo humano.
Assim, os designers podiam conectar a forma mais efetiva de fabricação com o desenho mais adequado de produto para o público.
Isso tornava tanto a produção mais simples, eficiente e barata quanto o uso dos produtos mais fácil, prazeroso e interessante para pessoas.
Até hoje o design segue os mesmos princípios de aplicar métodos e técnicas ao processo de construção e gestão de produtos de forma a tornar a produção mais eficiente e o uso mais apropriado para seres humanos.
Nesse sentido, podemos elencar pelo menos 3 atributos permanentes do design que contribuem para alavancar as vendas em qualquer negócio.
Como design faz vender mais: Uso satisfatório
Há poucas coisas tão frustrantes quanto tentar usar um produto e não conseguir ou ter uma enorme dificuldade nessa tentativa.
Isso serve tanto para encontrar uma informação que é necessária quanto para realizar uma tarefa específica.
O design resolve essa situação porque estuda o que será feito e desenha a melhor forma para a ação ser realizada.
Para construir esse desenho, o designer observa quem realmente vai usar o produto ou serviço, afinal, as pessoas são diferentes e entendem e se comportam de maneiras distintas.
Desenhar da nossa cabeça esperando que outras pessoas entendam da mesma forma é um equívoco, mas pode ser um caminho fácil de cair ao construirmos produtos e serviços.
O designer não pode desenhar as soluções a partir do que acredita simplesmente, mas sim a partir de um conjunto de técnicas consolidadas sobre o comportamento e a mentalidade humana.
Mesmo assim, ele ainda precisa testar as possibilidades de solução desenhadas para encontrar a que melhor funciona em cada contexto e para cada público.
Nesse sentido, podemos pensar em dois exemplos práticos:
Quando uma pessoa precisa comprar algo e não encontra uma informação que deseja porque ela está escondida já que ninguém pesquisou para entender a relevância desse conteúdo no momento dessa venda.
Quando a pessoa precisa realizar uma tarefa e não consegue porque o fluxo é complicado e foi feito com base no modelo de processo da empresa ao invés de em como as pessoas resolvem aquilo na “vida real”.
Nesses dois casos, o design entra para entender as dificuldades das pessoas que de fato usam a solução (e por isso são chamadas de usuários), e então desenhar a forma mais adequada.
Esse desenho adequado passa pela aplicação de métodos e técnicas específicas que envolvem temas como, por exemplo,
- Carga cognitiva (quantidade de informação e complexidade).
- Elementos visuais, como formas geométricas, volumetria, pregnância da forma etc.
- Cores e fontes tipográficas.
- Elementos sonoros.
- Movimento (animação).
- Etc.
Esse conjunto de temas e técnicas serão então reunidos e testados para alcançar o melhor resultado, ou seja, que as pessoas façam o que precisam de maneira eficiente, eficaz e prazerosa.
E quando lembramos que um produto considerado ruim pelos usuários pode ser facilmente substituído ou abandonado atualmente, fica mais claro porque esse caminho se torna cada vez mais crucial para os negócios.
Como design faz vender mais: Benefícios notáveis
Aplicar design também é um caminho possível para a construção de diferencial competitivo.
Diferencial competitivo é basicamente uma característica ou elemento do produto que faz as pessoas escolherem comprarem ele ao invés de um concorrente.
Nesse sentido, ao fazer pesquisas e testar soluções constantemente é mais fácil encontrar elementos que são considerados tão importantes pelos clientes que os fazem escolher um produto ao invés de outro.
O próprio processo de design baseado na aplicação de técnicas sobre comportamento e mentalidade humana com testes frequentes traz isso de forma cíclica.
Logo, encontrar essas ideias de diferenciais competitivos fica mais tangível e recorrente e ainda na melhor fonte para esse tipo de insight, que são os próprios clientes.
Inclusive, até mesmo a decisão sobre qual dos benefícios será destacado em comunicação e marketing pode vir desse cultivo que o design tem que fazer com as pessoas.
Como design faz vender mais: Marca reconhecível
A construção de marca leva tempo e é responsável por uma boa parte da relação entre clientes e empresas.
Uma empresa pode levar anos para conseguir ser reconhecida como uma marca de confiança e ser a escolha número 1 no momento da compra.
Algo que contribui para essa marca ser reconhecida facilmente pelos clientes é o conjunto visual que a compõe, como as cores e a fonte tipográfica.
Cada marca tem um conjunto de valores que deseja deixar claro para os clientes e essa composição contribui para o reconhecimento e reforço desses valores.
A força da marca é tão grande que pode inclusive ter um valor próprio de mercado.
O desenho de uma maça mordida ou de um traço curvo que nos lembra um risco de check, por exemplo, tem um reconhecimento tão forte que nem precisa trazer o nome da empresa.
Isso também ajuda na venda de diversos produtos que simplesmente por trazerem esses símbolos já transmitem características presentes na marca como, por exemplo, tecnologia de ponta, qualidade e até vanguardismo.
Esse poder da marca é importante porque facilita não só a venda do carro-chefe da empresa, como um celular, por exemplo, mas traz a mesma confiança para outros produtos ou novos lançamentos que a empresa fizer.
Claro que a experiência com todos os produtos e serviços vai alimentar a percepção da marca, o que também pode atrapalhar as empresas que não tiverem cuidado com todos os seus pontos de contato com o cliente.
De qualquer forma, ter uma marca forte ajuda na venda dos produtos e na expansão da relação entre cliente e empresa, incluindo novos produtos e serviços.
Além disso, a marca ajuda a diferenciar as empresas criando um forte posicionamento no momento da escolha e até do uso do cliente.
Aqui no Brasil, por exemplo, ao ver um cartão de crédito roxo já é possível associar a determinada marca de banco, mesmo sem o nome dele.
Isso fortalece a presença da marca em diversos lugares, servindo até como marketing e propaganda “invisíveis”.
Referências
Consultoria de design. Faberhaus. Disponível em: <https://faberhaus.com.br/produtos/>. Acesso no dia da postagem.
Factories during the Industrial Revolution. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=n5S7hBjOYhU>. Acesso no dia da postagem.
Psychological Study of Child Aggression and Destructive Impulse | 1950’s. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Cb5NAk5fnDI>. Acesso no dia da postagem.
Ajustes cadeira Aeron – Herman Miller. Atec Original Design. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=n98Ncv346vo>. Acesso no dia da postagem.
Micro-interactions in Figma under 9 mins-UI Animation Series – 09. Design with Aashish. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=l0EkLsZiWUg>. Acesso no dia da postagem.
Scariest UX fails. UXTweak. Disponível em: <https://blog.uxtweak.com/scariest-ux-fails/>. Acesso no dia da postagem.
SoterTask – Ergonomic Risk & Task Assessment Tool. Soter Analytics. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Gzxn4g6xgLw>. Acesso no dia da postagem.
Always be user testing. Project UX. Disponível em: <https://www.projectux.tv/blog/3-usability-tests-to-fit-any-ux-budget>. Acesso no dia da postagem.
Apple Event – May 7. Apple. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=f1J38FlDKxo&t=1462s>. Acesso no dia da postagem.