CNV Autodialogar: Comunicação Não-violenta para autodiálogos

A CNV Autodialogar trata da forma como dialogamos com a gente mesmo a partir dos nossos pensamentos, sentimentos, desejos e até frustrações.

Ou seja, são nossos diálogos internos onde debatemos nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações, escolhas e anseios.

É ainda a forma como interpretamos o mundo e geramos uma reflexão sobre os fatos da nossa vida. Seu papel é fundamental na escolha dos caminhos que vamos tomar, por isso ter uma Comunicação Violenta nessa dimensão pode ser altamente prejudicial para uma vida plena.

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Aqui vale lembrar que na teoria da Comunicação não-violenta o julgamento de alguém como errado ou mal é na verdade um sintoma de que essa pessoa não está agindo em harmonia com nossas necessidades, e isso também é válido para nós mesmos.

Assim, quando nos julgamos, brigamos, nos ofendemos ou nos damos ordens, na verdade estamos dizendo que nós não estamos agindo em harmonia com nossas próprias necessidades.

Nesse sentido, o primeiro passo para autodialogar de forma não-violenta é ter uma consciência clara das nossas necessidades e agir no sentido de satisfazê-las.

Também é importante separar as necessidades intrínsecas (realmente nossas) das extrínsecas (do mundo que nos cerca), pois esta última pode mascarar nossas verdadeiras necessidades e acabar gerando mais violência intrapessoal.

Lembrando que a Comunicação Não-violenta tem como base a matriz OSNP.

Veja algumas ações importantes para autodialogar de forma mais positiva:

CNV Autodialogar: Faça

1. Busque conhecer suas reais necessidades e agir para satisfazê-las.

Exemplos: “Eu quero me sentir apreciado”; “Eu quero me sentir amada”; “Eu quero me sentir compreendido”.

2. Esteja consciente de qual necessidade cada uma de suas escolhas está atendendo.

Exemplos: “Eu escolhi trabalhar no final de semana por que acabar essa tarefa até segunda vai me gerar apreciação dentro da empresa”; “Eu escolhi ir para academia no final do dia mesmo cansado por que ter um corpo musculoso vai me fazer sentir confiante”.

3. Fale consigo mesmo com autocompaixão, ou seja, entenda a perspectiva do que está acontecendo com você, não se julgue e reconheça seus sentimentos.

  • Exemplos: Como eu sou burra, nunca vou conseguir entender isso” > “São muitas informações novas e apesar de ter lido isso várias vezes ainda não entendi o conteúdo. Isso está fazendo eu me sentir muito frustrada”.

4. Troque ordens por frases que enfoquem suas escolhas e necessidades.

Exemplos: Eu tenho que emagrecer” > “Eu escolhi emagrecer para me sentir aceito”.

CNV Autodialogar: Não Faça

  1. Evite agir por medo, culpa, vergonha, dever ou obrigação.
  2. Evite pensar em ações com motivações extrínsecas como, por exemplo, por dinheiro, por aprovação social, por dever e para evitar uma punição, uma vergonha ou uma culpa.
  3. Jamais dê ordens a si mesmo com frases como “eu devo”, “eu tenho que”, “eu não posso”, etc.

Veja outras etapas da CNV (Comunicação Não-Violenta): Ouvir e Falar, e também conheça o livro com a teoria completa em Comunicação Não-Violenta de Marshal Rosenberg.

Referências

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.

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