Os ciclos da vida são todos os projetos que tocamos e que constroem nossa história e é importante saber quando abri-los e fechá-los.
Isso engloba frequentar a academia, fazer um curso qualquer, morar em uma cidade específica, estar em um relacionamento amoroso e, claro, nossos empregos.
Segundo o professor Luiz Cabrera, os ciclos passam por três fases que precisam ser bem observadas e bem resolvidas para que a gente consiga ter mais saúde e equilíbrio.
Abertura
É o momento em que decidimos abrir um novo ciclo e, por mais que os motivos possam ser variados, sempre tem um fator motivador que nos leva a iniciar essa empreitada.
Importante que esse fator motivador é também a razão pela qual vamos mantê-lo aberto, ou seja, uma vez que o fator é satisfeito ou perde o sentido, o ciclo também se torna desnecessário e é hora de encerrá-lo.
Processo
São todas as ações que fazemos para manter os ciclos da vida funcionando como, por exemplo, frequentar as aulas de um curso, fazer as provas, os trabalhos e estudar a matéria.
No emprego, o próprio ato de trabalhar na empresa e cumprir suas tarefas para alcançar os resultados esperados já é o processo.
Fechamento
São as ações para fecharmos o ciclo. Esse fechamento pode ser a conclusão de um curso, por exemplo, mas pode ser também a decisão de o abandonarmos quando percebemos que ele não faz mais sentido para gente.
Ou seja, cancelar o contrato da academia ao invés de ficar pagando a mensalidade todo mês esperando um dia talvez aparecer por lá, também é uma forma de encerramento.
O importante aqui é termos claro que aquele ciclo se fechou, pois, ciclos em aberto drenam nossas energias e nos causam desconforto.
Quando o fechamento não depende totalmente de nós, também é importante negociarmos nossa saída e deixar claro para todos os envolvidos o encerramento daquele ciclo nas nossas vidas.
No emprego, por exemplo, podemos fechar o ciclo saindo da empresa ou mesmo mudando de cargo ou de área.
Quando sabemos que é hora de fechar um ciclo
Ainda segundo o professor Cabrera, costumamos estar envolvidos em 10 ou 12 ciclos da vida simultaneamente.
Porém quanto mais ciclos abertos, menor será o espaço para a inserção de novos, então é muito importante sabermos quais deles realmente queremos manter em funcionamento.
Ciclos abertos que já não fazem mais sentido para nós costumam assombrar nossas noites e podem gerar cobranças internas, desconforto e infelicidade.
É possível saber que um ciclo da vida já se esgotou quando:
- Ele entregou o resultado esperado.
- Você parou de aprender.
- Sua influência ou participação diminui drasticamente ou não é mais necessária.
- Existe uma longa pausa (pois os ciclos precisam de ritmo).
Na área profissional os sinais aparecem quando:
- A segunda-feira começa domingo de manhã.
- As relações harmônicas começam a desafinar.
- Manter o desempenho usual exige o dobro do esforço.
- Aparece uma incompatibilidade entre os valores da empresa e os seus.
A dor e a importância de fechar os ciclos da vida
Fechar os ciclos da vida não é fácil e costuma ser doloroso. Talvez o melhor exemplo seja terminar um relacionamento amoroso, um momento que costuma ser difícil para a maioria de nós.
Contudo, deixar um ciclo que já terminou em aberto para evitar a dor do fim pode ser algo pesado e difícil para carregarmos nas nossas vidas.
Mesmo que doloroso, o melhor caminho é fechar esses ciclos e seguir com a vida.
Gradativamente as dores do fechamento vão abrindo espaço para novos ciclos e para a leveza de não ter assuntos “mal resolvidos”.
Na vida profissional a atitude deve ser a mesma, muitas vezes temos que reconhecer que nossos ciclos terminaram, assim como um ano que termina para outro começar, novo e cheio de esperança.
Quando se é líder de uma equipe essa responsabilidade aumenta ainda mais, afinal vai ser parte da sua responsabilidade perceber se os ciclos da vida profissional das pessoas que compõe o time se fecharam e como resolver isso, seja mudando a pessoa de cargo, de área ou até uma possível saída para o mercado.
Um olhar atento e o estudo conjunto da trajetória, interesses e expectativas profissionais dos membros da equipe pode ser muito útil nesse aspecto.
Mas o ponto principal aqui é ficar atento para todos os ciclos da vida que estamos mantendo abertos e observar quais não fazem mais sentido e precisam ser fechados, até para darmos abertura a novos ciclos que talvez só estejam esperando esse espaço para tornar as coisas melhores.
Referências
Prof. Luiz Carlos Cabrera. Disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8238659D6>. Acesso no dia da postagem.
PMC – Panelli Motta Cabrera & Associados. Disponível em: <http://www.pmca.com.br/>. Acesso no dia postagem.