O sequenciamento dos genes é a tecnologia que vai nos permitir não só conhecer e descrever nosso DNA, mas reescreve-lo como quisermos.
A biologia sintética vai permitir personalizar nossos organismos com precisão por meio da escrita do DNA, nos dando a possibilidade de mudar características biológicas nossas ou dos seres que nos rodeiam.
Essa tecnologia terá impacto direto na nossa saúde, na agricultura, no desenvolvimento de biocombustíveis e até em remédios personalizados.
Contudo, ela também terá um grande impacto na nossa sociedade ao nos permitir escolher certas caraterísticas e excluir outras, e não podemos prever os desdobramentos disso.
Dado ao seu enorme impacto na sociedade, tanto em questões econômicas quanto éticas e sociais, não é surpresa ver essa tecnologia como uma das grandes tecnologias com potencial de gerar disrupção na nossa sociedade até 2025, segundo o estudo da McKinsey&Company.
A seguir algumas citações contidas no relatório Tecnologias disruptivas: Os avanços que vão transformar a vida, os negócios e a economia global (Disruptive technologies: Advances that will transform life, business, and the global economy) da McKinsey&Company.
O relatório explora 12 tecnologias disruptivas que tem maior potencial de impactar a economia e a vida humana até o ano de 2025 e foi organizado por James Manyika, Michael Chui, Jacques Bughin, Richard Dobbs, Peter Bisson e Alex Marrs.
Citações selecionadas sobre a próxima geração do sequenciamento dos genes
“A próxima geração do sequenciamento dos genes” (MANYIKA et al., 2013, p. 86).
“O impacto econômico potencial da próxima geração do sequenciamento dos genes nas aplicações que medimos em cuidados de saúde, agricultura e produção de substâncias como os biocombustíveis pode ser de US $ 700 bilhões a US $ 1,6 trilhão por ano até 2025” (MANYIKA et al., 2013, p. 86).
“A próxima geração do sequenciamento dos genes pode ser descrita como a combinação de tecnologias de sequenciamento, análise de dados avançadas (big data) e tecnologias com a capacidade de modificar organismos, que incluem técnicas recombinantes e síntese de DNA (isto é, biologia sintética). O sequenciamento da próxima geração representa métodos mais novos e de menor custo para o sequenciamento ou decodificação do DNA. Abrange os sistemas de sequenciamento de segunda e terceira geração que agora estão sendo amplamente utilizados, que podem sequenciar muitas partes diferentes de um genoma em paralelo” (MANYIKA et al., 2013, p. 87).
“Esses experimentos em dados avançados (big data) podem incluir dados sobre genealogia, estudos clínicos e quaisquer outras estatísticas que possam ajudar a associar o genótipo (DNA) ao fenótipo (características ou comportamento do organismo). Munidos com esta informação, poderia ser possível identificar e diagnosticar as pessoas com alto risco de doenças como cardíaca ou diabetes, permitindo uma intervenção mais precoce e efetiva” (MANYIKA et al., 2013, p. 87).
“A próxima geração do sequenciamento dos genes tem o potencial de proporcionar aos humanos um poder muito maior sobre a biologia, permitindo-nos curar doenças ou personalizar organismos para ajudar a atender as necessidades mundiais de alimentos, combustível e medicamentos” (MANYIKA et al., 2013, p. 88).
“Em 2025, cerca de 15% da população mundial terá 60 anos ou mais, multiplicando os desafios de cuidados de saúde” (MANYIKA et al., 2013, p. 88).
“Modificar organismos pode tornar-se tão simples como escrever código de computador. Embora a tecnologia seja nova, já existe evidência de aplicações em ciência e negócios. Por exemplo, uma equipe de pesquisa da Ginko Bioworks em Boston está trabalhando no desenvolvimento do equivalente biológico de uma linguagem de programação de alto nível com o objetivo de permitir a produção em larga escala de organismos sinteticamente modificados” (MANYIKA et al., 2013, p. 89).
“Nas aplicações que avaliamos, estimamos que a próxima geração do sequenciamento dos genes tenha um impacto econômico potencial de US $ 700 bilhões para US $ 1,6 trilhão por ano até 2025” (MANYIKA et al., 2013, p. 89).
“Recentemente, cientistas revelaram que eles inseriram com sucesso o DNA mitocondrial nos óvulos das mulheres que tiveram dificuldade em conceber. O procedimento foi utilizado em 30 gravidez bem-sucedidas, produzindo bebês com genes dos dois pais biológicos da criança e do doador de DNA mitocondrial; na verdade, essas crianças têm três pais biológicos. Essa modificação particular foi realizada para auxiliar na concepção, mas também pode representar o primeiro passo no caminho para a manipulação de DNA humano para produzir bebês com traços “desejáveis”” (MANYIKA et al., 2013, p. 94).
Desafio proposto para trabalhar com o tema
Como usar próxima geração do sequenciamento dos genes para diminuir o efeito estufa?
Material adicional sobre o assunto
Referências
Tecnologias Disruptivas. Disponível em: <https://faberhaus.com.br/tecnologias-disruptivas/>. Acesso no dia da postagem.
MANYIKA, James; et al. Disruptive technologies: Advances that will transform life, business, and the global economy. 2013. Disponível em: <http://www.mckinsey.com/business-functions/digital-mckinsey/our-insights/disruptive-technologies>. Acesso em 03 de jun. de 2017.