Se apaixone por uma vida simples

Não consigo me apaixonar pelo problema.

Nem pela solução.

Esses dias estava lendo um post do Vitor Wendt chamado “18 lições de vida que eu queria saber mais cedo”.

Carreira VOA Horizontal

Uma delas dizia: “Apaixone-se pelo problema.”

Na hora, meu cérebro respondeu automaticamente:

“Você não ama problema, você odeia. Quer mais é eliminá-lo.”

Achei engraçado, porque entendo a essência da frase.

Ela vem do conceito amplamente difundido em inovação e design thinking:

não se apegue à solução, aprofunde-se no problema.

E faz todo sentido, racionalmente falando.

Mas, sendo muito sincero, o que eu busco na vida (e no trabalho) é fluidez.

Eu quero menos atrito, menos ruído, menos esforço desperdiçado.

E, para mim, o problema é justamente o que interrompe esse fluxo.

Então, ao invés de me apaixonar por ele, o que eu quero é entendê-lo rápido o suficiente para resolvê-lo e seguir em frente.

Na prática, meu processo mental é mais ou menos assim:

Entendo o problema o suficiente para eliminá-lo.
Defino o caminho mais rápido e definitivo possível.
Registro o aprendizado para não cair no mesmo lugar.
Desapego da solução se surgir um caminho melhor.

Esse ciclo, simples mas poderoso, tem me ajudado a manter leveza nas decisões e ritmo no trabalho.

Porque, no fim, a obsessão pelo problema pode se tornar uma armadilha: a de achar que complexidade é sinônimo de profundidade.

E não é.

Às vezes, resolver o problema é só uma questão de clareza e movimento.

Talvez o que nos move não seja o amor ao problema, mas o prazer de voltar a fluir depois que ele sai do caminho.

Aquela sensação de leveza, de continuidade, de “agora sim, posso seguir”.

E desde que li aquele post, fiquei com essa pergunta martelando na cabeça:

Será que a gente se apaixona pelo problema…

ou pelo resultado de não tê-lo mais?

Apresentações Faberfield Horizontal

Comente

Scroll to Top