Por que nem sempre é questão de sair da zona de conforto

“Você precisa sair da sua zona de conforto.”

Essa virou uma das frases mais repetidas do mundo corporativo.

Mas, com o tempo, percebi que ela nem sempre faz sentido.

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Nem todo mundo está em uma zona de conforto.

Muitas vezes, o que chamam de conforto é, na verdade, uma zona de segurança.

E isso muda tudo.

A zona de segurança é aquele lugar que a gente conhece bem, mesmo que seja desconfortável

É o ambiente em que a dor já é familiar, o peso já é conhecido, e por isso a gente consegue gerenciar.

Sair dali, por outro lado, pode significar mergulhar em algo ainda mais doloroso.

Trocar uma dor conhecida por uma dor nova — e talvez maior — nem sempre é um movimento simples.

Muitas pessoas que já passaram pelos meus cursos e mentorias me dizem que não estão “acomodadas”.

Pelo contrário: estão exaustas, frustradas, inseguras.

Mas seguem no mesmo lugar porque precisam se sentir seguras, mesmo que esse lugar já doa.

E é aí que entra uma confusão perigosa.

Dizer que alguém “não muda porque está na zona de conforto” é ignorar o quanto a dor, o medo e o cansaço podem ser paralisantes.

Mudar exige energia e, quando essa energia está no limite, o primeiro passo parece impossível.

Por isso, ao falar de crescimento profissional, precisamos de responsabilidade e empatia.

Não se trata de empurrar alguém para o abismo da mudança.

Mas de oferecer ferramentas, suporte e tempo para que a pessoa construa um novo caminho, no ritmo que ela consegue.

Eu não acredito em transformação à base de pressão.

Acredito em crescimento sustentável, com saúde física, mental e emocional.

Às vezes, não é sobre sair da zona de conforto.

É sobre reconhecer onde você está, entender o que é seguro, e então caminhar, passo a passo, para um lugar mais leve, saudável e verdadeiro.

E você?

Será que o que te prende hoje é conforto… ou segurança?

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