Decidir pode parecer difícil porque, no fundo, escolher um caminho é abrir mão de todos os outros.
E abrir mão dói.
A gente quer ter certeza. Quer o cenário perfeito, o timing ideal, a aprovação de todo mundo.
Mas o medo das consequências não pode travar a ação.
Recentemente, revisando alguns projetos que não deram certo, percebi um padrão óbvio (e doloroso): faltou decisão.
As ideias eram boas, os times competentes, mas as ações eram pouco claras, os resultados mal definidos…
e todo mundo andava em círculos.
É curioso como o que paralisa não é a falta de capacidade, é a falta de direção.
Quando ninguém decide, o tempo consome energia, os prazos estouram, o moral cai.
O custo da indecisão é invisível, mas altíssimo.
Com o tempo, aprendi que decidir é uma responsabilidade que exige consciência e coragem.
E que o papel de quem lidera é destravar, não complicar.
Hoje, quando estou na cadeira de decisor, sigo alguns pontos simples que me ajudam a agir com clareza:
→ Alinho objetivo e resultado esperado (para onde vamos e por quê).
→ Defino o próximo passo de forma explícita (o que fazer agora).
→ Estabeleço critérios de sucesso (como saber se chegamos lá).
→ Tomo a decisão baseada em dados e contexto, não em achismos.
→ Explico a lógica — no êxito ou no erro — e corrijo rápido para melhorar as próximas ações.
Nem sempre acerto.
Mas aprendi que uma decisão imperfeita hoje vale mais do que uma decisão perfeita nunca.
A inércia tem um custo alto demais.
E talvez o segredo não esteja em decidir sem medo, mas em decidir apesar dele.
Porque o movimento gera aprendizado, e o aprendizado leva à próxima decisão, com mais consciência, menos culpa e mais clareza.
E você?
Qual decisão está adiando por medo do que pode acontecer e que, se tomada agora, destravaria tudo à sua volta?