Concept Backlog para aterrisar ideias em tarefas práticas

Concept Backlog é uma ferramenta criada para conectar conceitos com backlogs de desenvolvimento facilitando a conexão entre as duas fases.

De modo geral, o backlog é uma lista com pedidos ou tarefas a serem realizadas por um time ou por um profissional específico.

Dentro do desenvolvimento de serviços digitais, o backlog – essa lista de pedidos ou tarefas – é escrita pela figura do Product Owner, responsável também por priorizar as tarefas que serão feitas primeiro de acordo com uma série de variáveis como, por exemplo, a estratégia do serviço, a missão da empresa, as necessidades de negócio, as necessidades ou os impedimentos técnicos, o tempo disponível e, principalmente, as necessidades dos clientes.

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O backlog normalmente é dividido em duas partes:

Product Backlog – uma lista que contém vários pedidos ou tarefas necessárias para a construção de um serviço novo ou mudanças e melhorias em um serviço existente. Esse backlog pode conter todas as tarefas previstas para a construção do serviço ou apenas as necessárias para o desenvolvimento das primeiras funcionalidades que serão oferecidas ao cliente. Normalmente a segunda abordagem é mais usada por que as funcionalidades do serviço podem mudar de acordo com a interação do cliente com o serviço.

Sprint Backlog – uma lista reduzida, priorizada e ordenada do Product Backlog que serão desenvolvidas pelo time de desenvolvimento em um período de tempo previamente combinado, chamado de Sprint. A quantidade de tarefas que serão realizadas dentro dessa Sprint é decida pelo time de desenvolvimento junto com o Product Owner que as priorizou de acordo com as variáveis mencionadas anteriormente.

Para facilitar a conexão entre a saída das sessões de Design Thinking com o time de desenvolvimento, costumo usar um Concept Backlog como um dos entregáveis dessas sessões.

Ligeiramente diferente do Product Backlog, o Concept Backlog é uma lista de funcionalidades desejadas para o serviço. Essa lista é escrita e priorizada pela equipe envolvida nas sessões de Design Thinking – que inclui o Product Owner e o time de desenvolvimento, além de outros profissionais –, mas, ao invés de detalhar a tarefa especifica necessária para construir a funcionalidade, a lista mostra as funcionalidades em si.

Um exemplo ilustrativo poderia ser:

Funcionalidade do Concept Backlog: “Fazer login usando redes sociais

Tarefa do Product Backlog: “1. Disponibilizar login via Facebok / 2. Disponibilizar login via Google

Ou seja, as funcionalidades do Concept Backlog vão ser posteriormente transformadas em pedidos ou tarefas específicas para o time de desenvolvimento. Uma funcionalidade pode, inclusive, ser quebrada em várias tarefas e serem realizadas em Sprints diferentes.

Composição do Concept Backlog

Intenção do cliente: Qual a intenção do cliente que a funcionalidade vai suprir.

Funcionalidade: A funcionalidade em si.

Descrição da funcionalidade: Detalhamento da funcionalidade.

Insights vindo dos clientes: Aprendizados vindo dos clientes durante a sessão de Design Thinking por meio de entrevistas ou testes.

Priorização: Categorização da funcionalidade, que pode ser em quatro dimensões:

  1. Fundamental: Funcionalidades necessárias para o serviço sem as quais ele não pode acontecer;
  2. Desempenho: Funcionalidades que tornam o serviço mais eficiente para o cliente;
  3. Show: Funcionalidades que tornam o serviço mais atrativo e espetacular;
  4. Secundárias: Funcionalidades incrementais que podem ser inseridas por último no serviço.

Relevância para o cliente: Nota definida pela equipe de quanto a funcionalidade é importante para o cliente (0 a 10).

Valor para o negócio: Nota definida pela equipe de quanto a funcionalidade é importante para a empresa e o negócio (0 a 10).

Facilidade de desenvolvimento: Nota definida pela equipe de quanto a funcionalidade é fácil de ser desenvolvida (0 a 10).

Média: Soma das notas dividida por três para gerar a priorização das funcionalidades.

Para que normalmente é usada

O Concept Backlog é uma ferramenta útil para consolidar os aprendizados de sessões de Design Thinking e conectar os resultados dessas sessões para o time de desenvolvimento que vai realizar o conceito, transformando-o em um serviço utilizável pelo cliente.

Quando normalmente é usada

No final de sessões de Design Thinking, para consolidar os aprendizados e definir os próximos passos.

Exemplo de passo a passo

PASSO 1

Comece escrevendo as intenções do cliente em cada momento da jornada, aprendidas em entrevistas ou em testes com clientes reais.

PASSO 2

Escreva uma ou mais funcionalidades pensadas para suprir essas intenções que foram aprendidas em entrevistas ou em testes com clientes.

PASSO 3

Escreva os insights para cada funcionalidade observados nas entrevistas ou nos testes com clientes.

PASSO 4

Descreva o funcionamento da funcionalidade.

PASSO 5

Defina em qual categoria de priorização a funcionalidade se encaixa.

PASSO 6

Dê notas para de valor para o cliente, valor para o negócio e a facilidade de desenvolvimento e feche a média por funcionalidade.

PASSO 7

Organize as funcionalidades pelas médias e pelos momentos da jornada.

Referências

Desenvolvimento Ágil. Disponível em: <http://www.desenvolvimentoagil.com.br/scrum/sprint_backlog>. Acesso no dia da postagem.

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