A Comunicação Não-violenta é uma técnica de comunicação que busca evitar e resolver conflitos, além de construir relações mais positivas. Baseia-se no princípio de que toda violência resulta de necessidades não atendidas e propõe diálogos que identifiquem essas necessidades e os sentimentos associados.

A Comunicação Não-violenta atua em três dimensões principais:

Falar: Expressar nossas necessidades e sentimentos de forma clara e empática.

Ouvir: Escutar o outro, identificando suas necessidades e sentimentos.

Autodiálogo: Estruturar e manter diálogos internos construtivos.

Estudar a Comunicação Não-violenta auxilia no desenvolvimento do autoconhecimento, facilitando a identificação de nossas necessidades e sentimentos. Isso aprimora a forma como nos comunicamos conosco e com os outros, permitindo resolver conflitos sem recorrer à violência e estabelecendo acordos benéficos para todos.

A prática da Comunicação Não-violenta pode:

• Melhorar a clareza na expressão de sentimentos e necessidades.
• Aumentar a empatia e compreensão nas relações interpessoais.
• Reduzir conflitos e mal-entendidos.
• Promover soluções pacíficas e colaborativas.

Embora a Comunicação Não-violenta seja eficaz em diversas situações, sua aplicação pode ser desafiadora em contextos onde apenas uma das partes está consciente da técnica. É importante praticar e adaptar a abordagem conforme o contexto e a receptividade dos envolvidos.

Para iniciar a prática da Comunicação Não-violenta:

Estude: Leia obras sobre o tema, como o livro "Comunicação Não-Violenta" de Marshall Rosenberg.

Pratique: Aplique os princípios no seu dia a dia, começando por situações simples.

Reflita: Observe os resultados e ajuste sua abordagem conforme necessário.

Participe: Considere participar de workshops ou grupos de prática para aprofundar seu aprendizado.

A maioria de nós cresceu usando uma linguagem que, em vez de nos encorajar a perceber o que estamos sentindo e do que precisamos, nos estimula a rotular, comparar, exigir e proferir julgamentos.

Classificar e julgar as pessoas estimula a violência, assim como comparações que também são uma forma de julgamento, apesar de serem corriqueiras na nossa rotina atual.

Ficamos perigosos quando não temos consciência de nossa responsabilidade por nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos.

Isso leva ao primeiro componente da Comunicação Não-violenta, que acarreta necessariamente que se separe observação de avaliação. Quando combinamos observações com avaliações, os outros tendem a receber isso como crítica e resistir ao que dizemos

A Comunicação Não-violenta nos leva a formular pedidos em uma linguagem clara, positiva e de ações concretas revela o que realmente queremos.

Uma linguagem vaga favorece a confusão interna, mas quanto mais claros formos a respeito do que queremos obter, mais provável será que o consigamos.

A CNV também pressupõe a empatia, que  é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivenciando. Em vez de oferecermos empatia, muitas vezes sentimos uma forte urgência de dar conselhos ou encorajamento e de explicar nossa própria posição ou nossos sentimentos.

Inclusive, quando percebemos que estamos sendo defensivos ou incapazes de oferecer empatia, precisamos (a) parar, respirar, sentir empatia por nós mesmos, ou (b) gritar de modo não-violento ou (c) dar-nos um tempo.”