Vi uma postagem que dizia:
“Um bom profissional vai ser bom profissional independente da empresa.”
E eu não poderia discordar mais.
O desempenho de uma pessoa depende — e muito — do contexto.
As empresas têm culturas, valores, formas de liderar e ambientes completamente diferentes.
E é justamente isso que faz alguém florescer ou travar.
Lembrei de um trecho do livro Um Novo Jeito de Trabalhar, do Laszlo Bock, ex–VP de Pessoas do Google.
Ele conta que, em muitas situações, um profissional que teve baixo desempenho em uma empresa se torna excelente em outra.
E não porque a pessoa mudou, mas porque o ambiente mudou.
Isso acontece porque produtividade e desempenho estão profundamente conectados à cultura.
Não existe talento que resista por muito tempo em um ambiente que suga energia, desmotiva, pune a iniciativa ou mata a curiosidade.
Da mesma forma, contextos positivos e saudáveis têm o poder de fazer profissionais bons se tornarem excepcionais.
Ambientes que acolhem, reconhecem, oferecem autonomia e propósito não apenas retêm talentos, eles fazem as pessoas renderem o seu melhor.
E o contrário também é verdadeiro: onde há medo, competição tóxica ou falta de direção, até o melhor talento se perde.
Com o tempo, aprendi que avaliar desempenho sem considerar o contexto é uma armadilha perigosa.
Antes de julgar uma pessoa pelo que ela entrega, é preciso perguntar:
“Ela está num ambiente que permite que ela dê o seu melhor?”
Na prática, isso muda tudo, desde como avaliamos, até como lideramos.
E essa reflexão vale para os dois lados.
Às vezes, não é que você perdeu a motivação.
Talvez só esteja no lugar errado para o que você pode e quer entregar.
E você?
Acredita que um bom profissional é bom em qualquer empresa, ou que o contexto muda tudo?